“Locotoco” faixa a faixa: Tamborim

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30 de abril de 2015

[Tamborim. Ilustração: Carol Merlo]

SOFRIMENTO

No oceano integra-se (bem pouco)
uma pedra de sal.

Ficou o espírito, mais livre
que o corpo.

A música, muito além
do instrumento.

Da alavanca,
sua razão de ser: o impulso,

Ficou o selo, o remate
da obra.

A luz que sobrevive à estrela
e é sua coroa.

O maravilhoso. O imortal.

O que se perdeu foi pouco.

Mas era o que eu mais amava.


Este poema, “Sofrimento”, foi escrito pela poeta mineira Henriqueta Lisboa e, assim como a canção “Tamborim” (Clique aqui para ouvir), última faixa do CD “Locotoco”, fala sobre perda e melancolia de forma delicada, metafórica e poética. Mas, como toda boa poesia, também pode tocar cada pessoa de várias outras maneiras, que variam de acordo com a experiência de cada um.

Que tal ouvir a canção outra vez, agora, acompanhando a letra?

TAMBORIM

Se a terra não me comer, tamborim
Se a terra não me matar, tamborim
Ai, ai, ai, tamborim
Para o ano eu voltarei, tamborim

A canção “Tamborim” foi transmitida ao Serelepe por João Lopes, e é uma canção tradicional do Congado de Minas Gerais (Brasil). Na gravação, vocês ouviram Cris Lima (voz, patangome), Reginaldo Santos (voz, tambor), Eugênio Tadeu (voz, tambor) e Miguel Queiroz (flautas baixo e tenor).

E você, o que sente quando ouve “Tamborim”? Tem uma opinião diferente? Então divida conosco! Você pode fazer um comentário aqui no blog ou entrar em contato através do nosso perfil no Facebook: Serelepe EBA UFMG.

Até logo! 






 

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